sábado, 9 de julho de 2011

O Cristo Vivo


Ao comemorarmos o nascimento de Jesus Cristo, ocorrido há dois mil anos, oferecemos nosso testemunho da realidade de Sua vida incomparável e o infinito poder de Seu grande sacrifício expiatório. Ninguém mais exerceu uma influência tão profunda sobre todos os que já viveram e ainda viverão sobre a face da Terra.

Ele foi o Grande Jeová do Velho Testamento e o Messias do Novo Testamento. Sob a direção de Seu Pai, Ele foi o criador da Terra. "Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez." (João 1:3) Embora jamais tivesse cometido pecado, Ele foi batizado para cumprir toda a justiça. Ele "andou fazendo bem" (Atos 10:38), mas foi desprezado por isso. Seu evangelho era uma mensagem de paz e boa vontade. Ele pediu a todos que seguissem Seu exemplo. Ele caminhou pelas estradas da Palestina, curando os enfermos, fazendo com que os cegos vissem e levantando os mortos. Ele ensinou as verdades da eternidade, a realidade de nossa existência pré-mortal, o propósito de nossa vida na Terra e o potencial que os filhos e filhas de Deus têm em relação à vida futura.

Ele instituiu o sacramento como lembrança de Seu grande sacrifício expiatório. Foi preso e condenado por falsas acusações, para satisfazer uma multidão enfurecida, e sentenciado a morrer na cruz do Calvário. Ele deu Sua vida para expiar os pecados de toda a humanidade. Seu sacrifício foi uma grandiosa dádiva vicária em favor de todos os que viveriam sobre a face da Terra.

Prestamos solene testemunho de que Sua vida, que é o ponto central de toda a história humana, não começou em Belém nem se encerrou no Calvário. Ele foi o Primogênito do Pai, o Filho Unigênito na carne, o Redentor do mundo.

Ele levantou-Se do sepulcro para ser "feito as primícias dos que dormem". (I Coríntios 15:20) Como Senhor Ressuscitado, Ele visitou aqueles que havia amado em vida. Ele também ministrou a Suas "outras ovelhas" (João 10:16) na antiga América. No mundo moderno, Ele e Seu Pai apareceram ao menino Joseph Smith, dando início à prometida "dispensação da plenitude dos tempos". (Efésios 1:10)

A respeito do Cristo Vivo, o Profeta Joseph escreveu: "Seus olhos eram como uma labareda de fogo; os cabelos de sua cabeça eram brancos como a pura neve; seu semblante resplandecia mais do que o brilho do sol; e sua voz era como o ruído de muitas águas, sim, a voz de Jeová, que dizia:

Eu sou o primeiro e o último; sou o que vive, sou o que foi morto; eu sou vosso advogado junto ao Pai". (D&C 110:3-4)

A respeito Dele, o Profeta também declarou: "E agora, depois dos muitos testemunhos que se prestaram dele, este é o testemunho, último de todos, que nós damos dele: Que ele vive!

Porque o vimos, sim, à direita de Deus; e ouvimos a voz testificando que ele é o Unigênito do Pai-
Que por ele e por meio dele e dele os mundos são e foram criados; e seus habitantes são filhos e filhas gerados para Deus". (D&C 76:22-24)

Declaramos solenemente que Seu sacerdócio e Sua Igreja foram restaurados na Terra, "edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina". (Efésios 2:20)


Testificamos que Ele voltará um dia à Terra. "E a glória do Senhor se manifestará, e toda a carne juntamente a verá." ( . . .) (Isaías 40:5) Ele governará como Rei dos Reis e reinará como Senhor dos Senhores, e todo joelho se dobrará e toda língua confessará em adoração perante Ele. Cada um de nós será julgado por Ele de acordo com nossas obras e os desejos de nosso coração.

Prestamos testemunho, como Apóstolos Seus, devidamente ordenados, de que Jesus é o Cristo Vivo, o Filho imortal de Deus. Ele é o grande Rei Emanuel, que hoje Se encontra à direita de Seu Pai. Ele é a luz, a vida e a esperança do mundo. Seu caminho é aquele que conduz à felicidade nesta vida e à vida eterna no mundo vindouro. Graças damos a Deus pela incomparável dádiva de Seu Filho divino.

"O Cristo Vivo: O Testemunho do Apóstolos"

A Família: Proclamação ao Mundo

A Primeira Presidência e o Conselho dos Doze Apóstolos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias

Nós, a Primeira Presidência e o Conselho dos Doze Apóstolos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, solenemente proclamamos que o casamento entre homem e mulher foi ordenado por Deus e que a família é essencial ao plano do Criador para o destino eterno de Seus filhos.

Todos os seres humanos - homem e mulher - foram criados à imagem de Deus.Cada indivíduo é um filho (ou filha) gerado em espírito por pais celestiais que o amam e, como tal, possui natureza e destino divinos.O sexo (masculino ou feminino) é uma característica essencial da identidade e do propósito pré-mortal, mortal e eterno de cada um.

Na esfera pré-mortal, os filhos e filhas que foram gerados em espírito conheciam e adoravam a Deus como seu Pai Eterno e aceitaram Seu plano, segundo o qual Seus filhos poderiam obter um corpo físico e adquirir experiência terrena a fim de progredirem rumo à perfeição, terminando por alcançar seu destino divino como herdeiros da vida eterna.O plano divino de felicidade permite que os relacionamentos familiares sejam perpetuados além da morte.As ordenanças e os convênios sagrados dos templos santos permitem que as pessoas retornem à presença de Deus e que as famílias sejam unidas para sempre.

O primeiro mandamento dado a Adão e Eva por Deus referia-se ao potencial de tornarem-se pais, na condição de marido e mulher.Declaramos que o mandamento dado por Deus a Seus filhos, de multiplicarem-se e encherem a Terra, continua em vigor.Declaramos também que Deus ordenou que os poderes sagrados de procriação sejam empregados somente entre homem e mulher, legalmente casados.

Declaramos que o meio pelo qual a vida mortal é criada foi estabelecido por Deus. Afirmamos a santidade da vida e sua importância no plano eterno de Deus.

O marido e a mulher têm a solene responsabilidade de amar-se mutuamente e amar os filhos, e de cuidar um do outro e dos filhos."Os filhos são herança do Senhor." (Salmos 127:3)Os pais têm o sagrado dever de criar os filhos com amor e retidão, atender a suas necessidades físicas e espirituais, ensiná-los a amar e servir uns aos outros, guardar os mandamentos de Deus e ser cidadãos cumpridores da lei, onde quer que morem.O marido e a mulher - o pai e a mãe - serão considerados responsáveis perante Deus pelo cumprimento dessas obrigações.

A família foi ordenada por Deus.O casamento entre o homem e a mulher é essencial para Seu plano eterno.Os filhos têm o direito de nascer dentro dos laços do matrimônio e de ser criados por pai e mãe que honrem os votos matrimoniais com total fidelidade.A felicidade na vida familiar é mais provável de ser alcançada quando fundamentada nos ensinamentos do Senhor Jesus Cristo.O casamento e a família bem sucedidos são estabelecidos e mantidos sob os princípios da fé, da oração, do arrependimento, do respeito, do amor, da compaixão, do trabalho e de atividades recreativas salutares.Segundo o modelo divino, o pai deve presidir a família com amor e retidão, tendo a responsabilidade de atender às necessidades de seus familiares e de protegê-los.A responsabilidade primordial da mãe é cuidar dos filhos.Nessas atribuições sagradas, o pai e a mãe têm a obrigação de ajudar-se mutuamente, como parceiros iguais.Enfermidades, falecimentos ou outras circunstâncias podem exigir adaptações específicas. Outros parentes devem oferecer ajuda quando necessário.

Advertimos que as pessoas que violam os convênios de castidade, que maltratam o cônjuge ou os filhos, ou que deixam de cumprir suas responsabilidades familiares, deverão um dia responder perante Deus pelo cumprimento dessas obrigações.Advertimos também que a desintegração da família fará recair sobre pessoas, comunidades e nações as calamidades preditas pelos profetas antigos e modernos.

Conclamamos os cidadãos e governantes responsáveis de todo o mundo a promoverem as medidas designadas para manter e fortalecer a família como a unidade fundamental da sociedade.

Essa proclamção foi lida pelo Presidente Gordon B. Hinckley como parte de sua mensagem na Reunião Geral da Sociedade de Socorro, realizada no dia 23 de setembro de 1995, em Salt Lake City, Utah.

Raça e Sacerdócio

As Etnias e o Sacerdócio

Na teologia e na prática, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias abraça a família humana universal. Os ensinamentos e as escrituras dos santos dos últimos dias afirmam que Deus ama todos os seus filhos e torna a salvação disponível a todos. Deus criou muitas etnias e raças diversas e ama-os igualmente. Como o Livro de Mórmon sempre o coloca, “todos são iguais perante Deus.“1
A estrutura e a organização da Igreja incentivam a integração racial. Os santos dos últimos dias frequentam as reuniões da Igreja de acordo com os limites geográficos da sua ala local ou congregação. Por definição, isso significa que a composição racial, econômica e demográfica de congregações Mórmons geralmente refletem a comunidade local mais ampla.2 O ministério leigo da Igreja a também tende a facilitar a integração: um bispo negro pode presidir uma congregação em sua maioria branca; uma mulher latino-americana pode ser acompanhada de uma mulher asiática para visitar os lares de membros racialmente diversos. Os membros da Igreja de outras raças e etnias regularmente servirem de uns aos outros lar e servir ao lado de uns aos outros como professores, como líderes dos jovens e em uma infinidade de outras designações em suas congregações locais. Tais práticas torna A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias uma fé totalmente integrada.
“Por muito tempo — desde meados dos anos 1800 até 1978 — a Igreja não ordenava ao sacerdócio os homens que tivessem antepassados afrodescendentes e nem permitia que homens ou mulheres negras participassem da investidura do templo ou das ordenanças de selamento.
A Igreja foi estabelecida em 1830, durante um período de grande divisão racial nos Estados Unidos. Naquela época, muitas pessoas que tinham antepassados de descendência africana viviam como escravos, e a diferença racial e o preconceito não era somente comum, mas habitual entre os americanos de pele branca. Aquela realidade, embora não seja familiar e nos incomode hoje em dia, influenciou as pessoas em todos os aspectos, inclusive religiosos. Muitos cristãos daquela época, por exemplo, eram segregados por fronteiras étnicas. Desde o início da Igreja, pessoas eram batizadas e admitidas como membros, independente da raça ou etnia.” No final de sua vida, o fundador da Igreja, Joseph Smith, abertamente se opôs à escravidão. Nunca houve uma norma da Igreja de congregações segregadas.3
Durante as primeiras duas décadas de existência da Igreja, alguns homens negros foram ordenados ao sacerdócio. Um desses homens, Elijah Abel, também participou de cerimônias do templo em Kirtland, Ohio e foi batizado posteriormente como procurador por parentes falecidos em Nauvoo, Illinois. Não há nenhuma evidência de que a quaisquer negros foi negado o sacerdócio durante toda a vida de Joseph Smith.
Em 1852, o Presidente Brigham Young publicamente anunciou que os homens afrodescendentes negros não mais poderiam ser ordenados ao sacerdócio, embora depois eles continuassem a filiar-se à igreja por meio do batismo e de receber o dom do Espírito Santo. Após a morte de Brigham Young, outros presidentes da Igreja restringiram os negros de receberem a investidura do templo ou casarem-se no templo. Ao longo do tempo, os membros e líderes da Igreja indicaram muitas teorias para explicar a restrição ao sacerdócio e ao templo. Nenhuma dessas explicações é aceita atualmente como a doutrina oficial da Igreja.

A Igreja em uma Cultura Racial Americana



A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias foi restaurada em meio a uma cultura racial altamente contenciosa em que os brancos recebiam grande privilégio. Em 1790, o Congresso dos Estados Unidos limitou cidadania à “pessoa(s) branca(s) livre(s).”4 Ao longo do meio século seguinte, questões de raça dividiram o país — enquanto o trabalho escravo era legal no sul mais agrário, foi eventualmente banido no norte mais populoso. Mesmo assim, a discriminação racial foi difundida no norte, bem como no sul, e muitos estados implementaram leis proibindo o casamento inter-racial.5 Em 1857, a Suprema Corte declarou que os negros não possuíam “nenhum direito que o homem branco deveria respeitar”.6 Uma geração após a Guerra Civil (1861–1865) levou ao fim a escravidão nos Estados Unidos, a Suprema Corte decidiu que instalações “separadas, mas iguais” para brancos e negros eram constitucionais, uma decisão que legalizou uma infinidade de barreiras para as pessoas de cor, até que o Tribunal em si reverteu-as em 1954.7
Em 1850, o Congresso americano criou o território de Utah, e o Presidente dos Estados Unidos nomeou Brigham Young para a posição de governador territorial. Os sulistas, que haviam se convertido à Igreja e migraram para Utah com seus escravos, abordaram a questão da condição legal da escravidão no território. Em dois discursos feitos diante da legislatura territorial de Utah, em janeiro e fevereiro de 1852, Brigham Young anunciou uma norma restringindo homens afrodescendentes de serem ordenados ao sacerdócio. Ao mesmo tempo, o Presidente Young disse que em algum dia futuro, os membros negros da Igreja “teriam [todos] os privilégios e muito mais“ do que os desfrutados por outros membros.8
As justificativas para essa restrição repetiu as ideias generalizadas sobre inferioridade racial que tinha sido usada para discutir como a legalização de “escravidão” de negros no território de Utah.9 De acordo com uma visão, que havia sido promulgada nos Estados Unidos pelo menos na década de 1730, os negros descendiam da mesma linhagem do bíblico Caim, que matou seu irmão Abel.10 Aqueles que aceitaram essa visão acreditavam que a “maldição de Deus” em Caim foi a marca registrada de sua pele escura. A escravidão negra às vezes era vista como uma segunda maldição colocada sobre o neto de Noé, Canaã, como resultado de indiscrição de Cão no que se referia a seu pai.11 Apesar da escravidão não ser um fator significativo na economia de Utah, sendo abolida pouco tempo depois, manteve-se a restrição de ordenação ao sacerdócio.

Removendo a restrição



Mesmo depois de 1852, pelo menos dois mórmons negros continuaram a portar o sacerdócio. Quando um desses homens, Elijah Abel, fez uma petição para receber sua investidura do templo em 1879, seu pedido foi negado. Jane Manning James, membro negro fiel que cruzou as planícies e morou em Salt Lake City até sua morte em 1908, da mesma forma, pediu para entrar no templo; ela foi autorizada a realizar batismos pelos mortos por seus antepassados, mas não recebeu permissão para participar de outras ordenanças.12 A maldição de Caim, frequentemente, era apresentada como justificativa para as restrições do sacerdócio e do templo. Na virada do século, outra explicação tomou forma: foi dito que os membros foram menos valorosos na batalha pré-mortal contra Lúcifer e, como consequência, foram impedidos de bênçãos do sacerdócio e do templo.13
Ao final da década de 1940 e 1950, a integração racial estava se tornando mais comum na vida americana. O Presidente da Igreja, David O. McKay, enfatizou que a restrição existia somente a homens afrodescendentes. A Igreja sempre permitira que os moradores da Oceania possuíssem o sacerdócio e o Presidente McKay esclareceu que os fijianos negros e os aborígenes australianos também podiam ser ordenados ao sacerdócio e instituiu a obra missionária entre eles. Na África do Sul, o Presidente McKay reverteu uma norma anterior que exigia que portadores do sacerdócio em perspectiva traçassem sua linhagem fora da África.14
Não obstante, dada a longa história de reter o sacerdócio de homens afrodescendentes, os líderes da Igreja acreditavam que uma revelação de Deus era necessária para alterar a norma, e eles fizeram um trabalho contínuo para entender o que devia ser feito. Depois de orar pedindo orientação, o Presidente McKay não se sentiu inspirado a suspender a proibição.15
À medida que a Igreja crescia em todo o mundo, sua missão geral de “[ir], e [ensinar] todas as Nações”16 parecia cada vez mais incompatível com as restrições do sacerdócio e do templo. O Livro de Mórmon declarou que a mensagem do evangelho da salvação se adiantassem para “toda nação, tribo, língua e povo.“17 enquanto não havia limites a quem o Senhor convidou a “partilhar de sua bondade”, por meio do batismo,18 As restrições do sacerdócio e do templo criaram barreiras significativas, um ponto tornou-se cada vez mais evidente enquanto a Igreja se espalhava em locais internacionais com heranças raciais diversas e diversificadas.
O Brasil, em particular, apresentou muitos desafios. Ao contrário dos Estados Unidos e África do Sul, onde o racismo legal e de fato levou a sociedades profundamente segregadas, o Brasil se orgulhava em sua herança racial aberta, integrada e mista. Em 1975, a Igreja anunciou que um templo seria construído em São Paulo, Brasil. Como a construção de templos prosseguia, as autoridades da Igreja encontraram negros fieis e antepassados mórmons de origem diversa que haviam contribuído financeiramente e de outras maneiras para a construção do Templo de São Paulo, um santuário que perceberam que não lhes fosse permitido entrar uma vez concluído. Seus sacrifícios, bem como a conversão de milhares de nigerianos e ganeses na década de 1960 e início dos anos 70, tocou os líderes da Igreja.19
Os líderes da Igreja ponderaram as promessas feitas pelos profetas, tais como Brigham Young de que os negros um dia receberiam as bênçãos do sacerdócio e do templo. Em junho de 1978, depois de “gastar muitas horas na sala superior do Templo [Lago Salgado] suplicando ao Senhor pedindo orientação divina”, o Presidente da Igreja Spencer W. Kimball, seus conselheiros na Primeira Presidência e os membros do Quórum dos Doze Apóstolos receberam uma revelação. “Ele ouviu nossas orações e por revelação, confirmou que chegou o dia há muito prometido”, a Primeira Presidência anunciou no dia 8 de junho. A Primeira Presidência declarou que estavam “cientes das promessas feitas pelos profetas e presidentes da Igreja, que nos precederam” que “todos os nossos irmãos que são dignos podem receber o sacerdócio.”20 a revelação rescindiu a restrição de ordenação ao sacerdócio. Também proporcionou as bênçãos do templo a todos os santos dos últimos dias, homens e mulheres dignos. A declaração da Primeira Presidência sobre a revelação foi canonizada em Doutrina e Convênios como a Declaração Oficial 2.
Essa “revelação sobre o sacerdócio”, como ela é mais conhecida na Igreja, foi uma revelação marcante e um acontecimento histórico. Aqueles que estavam presentes na época descreveram-no em termos reverentes. Gordon B. Hinckley, na época membro do Quórum dos Doze Apóstolos, compartilhou a seguinte experiência: “Havia no recinto uma atmosfera sagrada e santificada. Para mim, era como se tivesse surgido uma conexão direta entre o trono celestial e o profeta de Deus que estava ajoelhado e suplicando ao lado de seus Irmãos. (…) Todos os homens daquele círculo, pelo poder do Espírito Santo, receberam a mesma certeza. (…) Nenhum dos presentes naquela ocasião foi o mesmo depois. Nem a Igreja foi a mesma coisa.“21
Em todo o mundo a reação foi positiva entre os membros da Igreja de todas as raças. Muitos santos dos últimos dias choraram de alegria com a notícia. Alguns relataram sentir um peso coletivo retirado de seus ombros. A Igreja começou a ordenação ao sacerdócio para os homens afrodescendentes imediatamente, e as mulheres e homens negros tiveram os dados digitados nos templos em todo o mundo. Logo depois da revelação, o Élder Bruce R. McConkie, um apóstolo, falou da nova “luz e conhecimento” que tivera, anteriormente um “limitado entendimento”. 22

A Igreja Hoje



Hoje, a Igreja nega as teorias do passado para que a pele escura é um sinal de desagrado divino ou maldição, ou que ela reflete as ações de uma vida pré-mortal; que casamentos interraciais são um pecado; ou que os negros ou as pessoas de qualquer outra raça ou origem étnica são inferiores de qualquer forma a qualquer outra pessoa. Os líderes da Igreja hoje inequivocamente condenam todo racismo, passado e presente, sob qualquer forma.23
Desde aquele dia, em 1978, a Igreja olhou para o futuro, enquanto os membros entre africanos, afro-americanos e outras pessoas de ascendência africana continua a crescer rapidamente. Enquanto os registros da Igreja para os membros não indicam raça de uma pessoa ou origem étnica, o número de membros da Igreja de descendência africana chega agora a centenas de milhares de pessoas.
A Igreja que proclama essa redenção por meio de Jesus Cristo está disponível para toda a família humana sobre as condições que Deus determinou. Ela afirma que Deus “não faz acepção de pessoas”24 e declara enfaticamente que qualquer pessoa que é justa — independente de raça — é favorecida por Ele. Os ensinamentos da Igreja em relação aos filhos de Deus são abrangidos por um versículo no segundo livro de Néfi: “[O Senhor] não repudia quem quer que o procure, negro e branco, escravo e livre, homem e mulher; (…) todos são iguais perante Deus, seja judeu ou gentio. “25

Recursos

  1. 2 Néfi 26:33 . Veja também Atos 10:34-35 ; 17:26 ; Romanos 2:11 ; 10:12 ; Gálatas 3:28 .
  2. Para facilitar a participação dos membros da Igreja que não falam a língua dominante da área em que vivem, algumas congregações são organizadas entre os falantes da mesma língua (como o espanhol, mandarim, ou de Tonga). Nesses casos, os membros podem escolher qual congregação para participar.
  3. Em alguns períodos de tempo, refletindo os costumes e as leis locais, houve casos de congregações segregadas em áreas como a África do Sul e os EUA Sul.
  4. "Uma lei para estabelecer uma regra uniforme de naturalização," 1 º Congresso, 2 ª Sess., Cap. 3 (1790).
  5. Elise Lemire, "Mestiçagem": Fazendo Raça na América (Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 2002); Peggy Pascoe, o que vem naturalmente: Lei miscigenação eo Making of Raça na América (New York: Oxford University Press, 2009). Utah proibido miscigenação entre 1888 e 1963. Veja Patrick Mason, "a proibição de casamento inter-racial, em Utah, 1888-1963", Utah Historical Quarterly 76, no. 2 (Primavera 2008): 108-131.
  6. Don E. Fehrenbacher, o caso Dred Scott: seu significado no American Law and Politics (New York: Oxford University Press, 1978), 347.
  7. Plessy v Ferguson, 163 EUA 537 (1896); Brown vs Board of Education, 347 EUA 483 (1954).
  8. Brigham Young, Discursos Antes da Assembléia Legislativa Territorial Utah, 23 de janeiro e 5 de fevereiro de 1852, George D. Watt Papers, Biblioteca de História da Igreja, Salt Lake City, transcrito de taquigrafia Pitman por LaJean Purcell Carruth: "Para os Santos", Deseret Notícias, 3 de abril de 1852, 42.
  9. Na mesma sessão da legislatura territorial em que Brigham Young anunciou a política de ordenação ao sacerdócio, o legislador territorial legalizada preto "servidão". Brigham Young e os legisladores percebido "servidão" para ser uma alternativa mais humana à escravidão. Christopher B. Rico Jr., "A Verdadeira Política de Utah: servidão, escravidão, e" Um Ato em Relação ao Serviço '", Utah Historical Quarterly 80, no.1 (inverno 2012): 54-74.
  10. David M. Goldenberg, The Curse of Ham: Raça e Escravidão no judaísmo No início, o cristianismo eo islamismo (Princeton: Princeton University Press, 2003), 178-182, 360n20; Colin Kidd, a falsificação de Raças: Raça e Escritura na protestante Atlântico Mundial, 1600-2000 (Cambridge: Cambridge University Press, 2006).
  11. Stephen R. Haynes, Maldição de Noé: A justificação bíblica do American Slavery (New York: Oxford University Press, 2002).
  12. Margaret Blair Young, "'a bênção do Senhor estava conosco": Jane Elizabeth Manning James, 1822-1908 ". No Richard E. Turley Jr. e Brittany A. Chapman, eds, Mulheres de Fé nos últimos dias, Volume Two , 1821-1845 (Salt Lake City: Deseret Book, 2012), 120-135.
  13. Apóstolo Joseph Fielding Smith, por exemplo, escreveu em 1907 que a crença era "bastante geral" entre os mórmons que "a raça negra foi amaldiçoada para tomar uma posição neutra em que grande competição." No entanto, esta crença, ele admitiu, "não é a posição oficial da Igreja, [e é] apenas a opinião dos homens. "Joseph Fielding Smith para Alfred M. Nelson, 31 de janeiro de 1907, a Igreja History Library, Salt Lake City.
  14. Edward L. Kimball, " Spencer W. Kimball ea Revelação do Sacerdócio , "Estudos da BYU 47, não. 2 (Primavera de 2008), 18-20; Marjorie Newton, Southern Cross Santos: Os mórmons na Austrália (Laie: Hawaii: O Instituto de Estudos da Polinésia, Brigham Young University-Hawaii, 1991), 209-210. Mesmo antes desta vez, o Presidente George Albert Smith concluiu que a proibição do sacerdócio não se aplicava aos filipinos Negritos. Kimball, "Spencer W. Kimball ea revelação sobre o sacerdócio," 18-19.
    Você está prestes a acessar: http://byustudies.byu.edu
    Está a sair um site mantido por A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Nós fornecemos o link para o website de terceiros apenas como uma conveniência para você. O site ligado tem seus próprios termos de uso, política de privacidade e práticas de segurança que diferem daquelas em nosso site. Ao se referir ou vincular você a este site, não endossa ou garante o conteúdo, produtos ou serviços oferecidos.
  15. Kimball, "Spencer W. Kimball e Apocalipse no Sacerdócio", 21-22.
  16. Mateus 28:19 .
  17. Mosiah 15:28 ; 1 Néfi 19:17 .
  18. 2 Néfi 26:23, 28 .
  19. Mark L. Grover, "o mormonismo no Brasil: Religião e Dependência na América Latina", (Dissertação de Doutoramento, Universidade de Indiana, 1985), 276-278. Para um relato pessoal de eventos no Brasil, ver Helvécio Martins com Mark Grover, The Autobiography of Elder Helvécio Martins (Salt Lake City: Aspen Books, 1994), 64-68. . Para as conversões de africanos, ver E. Dale LeBaron, ed, "todos são iguais perante Deus": Histórias de Conversão fascinantes dos Santos Africano (Salt Lake City: Bookcraft, 1990); pioneiros na África: uma história inspiradora de Those Who pavimentada o Caminho (Provo, Utah: Brigham Young University Broadcasting, 2003).
  20. Declaração Oficial 2 .
  21. Gordon B. Hinckley, " Restauração do Sacerdócio ", Ensign, outubro 1988, 70, disponível em ensign.lds.org. As impressões de outras pessoas que estavam na sala foram compilados em Kimball, "Spencer W. Kimball e Apocalipse no Sacerdócio", 54-59.
  22. Bruce R. McConkie, "todos são iguais perante Deus" (Simpósio do CES Educadora Religiosa, 18 de agosto de 1978), disponível em speeches.byu.edu .
  23. Gordon B. Hinckley, " A Necessidade de Mais Bondade ", Ensign ou A Liahona, maio de 2006, 58-61.
  24. Atos 10:34 .
  25. 2 Néfi 26:33 .
A Igreja reconhece a contribuição de estudiosos para o conteúdo histórico apresentado neste artigo, a sua obra é usada com permissão.